Império Bizantino ou Império Romano do Oriente

Estreito de Bósforo
Por estabelecer uma ligação natural entre dois continentes, Bósforo possui uma importância geopolítica sem igual.
Quando a região ao qual se encontra – a então gloriosa cidade de Constantinopla – foi tomada pelos Turcos-Otomanos em 1453, os europeus foram impedidos de se deslocarem até a Ásia Oriental em busca de matérias-primas, o que os forçou a investir nas navegações marítimas a fim de descobrirem novas rotas para a Índia.

Atualmente, existem inúmeros acordos internacionais para a utilização comercial desse estreito.
Desde a Antiguidade, quando a região abrigava a civilização Persa, buscou-se a criação de um ponto para ligar os dois lados de Bósforo.
No entanto, apenas em 1973, essa façanha foi conseguida.
Atualmente, a Ponte de Bósforo é um dos cartões-postais de Istambul em virtude de sua bela iluminação durante a noite.



Introdução
No século IV o Império Romano dava sinais claros da queda de seu poder no ocidente, principalmente em função da invasão dos bárbaros (povos germânicos) através de suas fronteiras. 
Diante disso, o Imperador Constantino transferiu a capital do Império Romano para a cidade oriental de Bizâncio, que passou a ser chamada de Constantinopla.
Esta mudança, ao mesmo tempo em que significava a queda do poder no ocidente, tinha o seu lado positivo, pois a localização de Constantinopla, entre o mar Negro e o mar Mármara, facilitava muito o comércio na região, fato que favoreceu enormemente a restauração da cidade, transformando-a em uma Nova Roma.

Reinado de Justiniano
O auge deste império foi atingido durante o reinado do imperador Justiniano (527-565), que visava reconquistar o poder que o Império Romano havia perdido no ocidente. 
Com este objetivo, ele buscou uma relação pacífica com os persas, retomou o norte da África, a Itália e a Espanha.
Durante seu governo, Justiniano recuperou grande parte daquele que foi o Império Romano do Ocidente.

Religião
A religião foi fundamental para a manutenção do Império Bizantino, pois as doutrinas dirigidas a esta sociedade eram as mesmas da sociedade romana.
O cristianismo ocupava um lugar de destaque na vida dos bizantinos e podia ser observado, inclusive, nas mais diferentes manifestações artísticas. 
As catedrais e os mosaicos bizantino estão entre as obras de arte e arquitetura mais belos do mundo.
Os monges, além de ganhar muito dinheiro com a venda de ícones, também tinham forte poder de manipulação sobre sociedade. 
Entretanto, incomodado com este poder, o governo proibiu a veneração de imagens, a não ser a de Jesus Cristo, e decretou pena de morte a todos aqueles que as adorassem.
Esta guerra contra as imagens ficou conhecida como A Questão Iconoclasta.

Sociedade bizantina
A sociedade bizantina era totalmente hierarquizada.
No topo da sociedade encontrava-se o imperador e sua família.
Logo abaixo vinha a nobreza formada pelos assessores do rei. 
Abaixo destes estava o alto clero.
A elite era composta por ricos fazendeiros, comerciantes e donos de oficinas artesanais. 
Uma camada média da sociedade era formada por pequenos agricultores, trabalhadores das oficinas de artesanato e pelo baixo clero.
Grande parte da população era formada por pobres camponeses que trabalhavam muito, ganhavam pouco e pagavam altas taxas de impostos.




Crise e Tomada de Constantinopla
Após a morte de Justiniano, o Império Bizantino ficou a mercê de diversas invasões, e, a partir daí, deu-se início a queda de Constantinopla.
Com seu enfraquecimento, o império foi divido entre diferentes realezas feudais.
Constantinopla teve sua queda definitiva no ano de 1453, após ser tomada pelos turcos.

Atualidade
Atualmente, Constantinopla é conhecida como Istambul e pertence à Turquia. 
Apesar de um passado turbulento, seu centro histórico encanta e impressiona muitos turistas devido à riquíssima variedade cultural que dá mostras dos diferentes povos e culturas que por lá passaram.

O IMPÉRIO BIZANTINO:
Império Romano do Oriente ou Império Grego.
Constantinopla – capital.
Antiga Bizâncio, hoje Istambul (TUR).
Local privilegiado estrategicamente – contatos entre Oriente e Ocidente, rota de comércio.
Comércio ativo +  produção agrícola próspera = riquezas.
Resistência às invasões bárbaras.
Centralização política: Imperador.
CESAROPAPISMO: Imperador = chefe do exército + Igreja

JUSTINIANO (527 – 565) – auge do Império.
Conquistas territoriais.
Península Itálica + Península Ibérica + Norte da África.
Compilação do Direito Romano a partir do séc. II.
CORPUS JURIS CÍVILIS
Poderes ilimitados ao imperador.
Privilégios para a Igreja e para a nobreza.
Marginalização de colonos e escravos.
Burocracia centralizada + gastos militares + impostos.
Revoltas populares (Sedição de Nike)
Igreja de Santa Sofia (estilo bizantino – majestosidade)




JUSTINIANO



Basílica de Santa Sofia
A Basílica de Santa Sofia é uma das mais importantes construções do Império Bizantino.
Entre os anos 532 e 537, foi construído um grande edifício para ser a catedral de Constantinopla.
A construção, promovida pelo Império Bizantino, seria a base de uma das mais famosas basílicas do mundo atual.
Na ocasião, o templo religioso foi erigido no local onde já havia uma grande construção em relação às outras igrejas.
No mesmo local levantou-se uma basílica de grandes proporções nomeada de Santa Sofia
Basílica de Santa Sofia
A Basílica de Santa Sofia passou por três fases em sua história.
A primeira foi anexando a primeira grande construção de onde se encontra.
A segunda foi uma reformulação encomendada por Teodósio II em 415, mas que foi destruída em grande parte por causa de um incêndio.
A reformulação que desta vez se fez necessária gerou a construção que conhecemos hoje.
O imperador Justiniano I ordenou a reestruturação da basílica logo após o incêndio, só que providenciando uma basílica muito maior e mais majestosa em relação às anteriores.
Basílica de Santa Sofia
Desde sua primeira versão, em 360, até 1453, a Basílica de Santa Sofia, também chamada de Hagia Sofia, foi utilizada pela Igreja Ortodoxa Bizantina.
Entre 1204 e 1261, contudo, ela foi ocupada pelos religiosos latinos e transformada em um templo do Patriarcado Latino de Constantinopla, do catolicismo romano.
Após 1453, a Basílica de Santa Sofia foi conquistada pela expansão islâmica e tornou-se uma mesquita muçulmana.
O domínio islâmico no Oriente manteve a basílica como mesquita até 1931, quando foi secularizada e transformada em um museu.



EXTENSÃO MÁXIMA DO IMPÉRIO BIZANTINO (JUSTINIANO)
Influência de valores orientais.
Grego – língua a partir do séc. VII.
Surgimento de heresias:
MONOFISISTAS – negação da santíssima trindade (Cristo apenas com natureza divina);
ICONOCLASTAS – destruição de imagens (ícones).
1054: CISMA DO ORIENTE:
Igreja Cristã Ortodoxa (Patriarca de Constantinopla);
Igreja Católica Apostólica Romana (Papa).
Decadência:
séc. VII e VIII – invasões de bárbaros e árabes;
séc. XI – XIII – alvo das Cruzadas;
1453 – Conquistados pelos Turcos Otomanos (marco histórico que delimita oficialmente o fim da Idade Média e início da Idade Moderna.

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