Os Bárbaros

Principais “defeitos” dos bárbaros vistos pela ótica do povo romano
Costume de untar o cabelo com manteiga rançosa.
Não tomar banho.
Cheirar a alho e cebola.
Roupas rústicas feitas de peles de animais.



Causas das “invasões bárbaras”
Pestes em suas terras no oriente.
Grandes ondas de fome, forçando a busca por alimento.
Guerras entre os povos asiáticos, forçando a fuga.


Quem eram os povos bárbaros?
Os povos bárbaros eram de origem germânica e habitavam as regiões norte e nordeste da Europa e noroeste da Ásia, na época do Império Romano. 
Viveram em relativa harmonia com os romanos até os séculos IV e V da nossa era.
Chegaram até a realizar trocas e comércio com os romanos, através das fronteiras. 
Muitos germânicos eram contratados para integrarem o poderoso exército romano.
Os romanos usavam a palavra "bárbaros" para todos aqueles que habitavam fora das fronteiras do império e que não falavam a língua oficial dos romanos: o latim. 
A convivência pacífica entre esses povos e os romanos durou até o século IV, quando uma horda de hunos pressionou os outros povos bárbaros nas fronteiras do Império Romano. 
Neste século e no seguinte, o que se viu foi uma invasão, muitas vezes violenta, que acabou por derrubar o Império Romano do Ocidente. 
Além da chegada dos hunos, podemos citar como outros motivos que ocasionaram a invasão dos bárbaros: a busca de riquezas, de solos férteis e de climas agradáveis.

Principais Povos Bárbaros 
Francos : estabeleceram-se na região da atual França e fundaram o Reino Franco. 
Lombardos : invadiram a região norte da Península Itálica.
Anglos e Saxões : penetraram e instalaram-se no território da atual Inglaterra.
Burgúndios : estabeleceram-se na sudoeste da França.
Principais Povos Bárbaros 
Visigodos : instalaram-se na região da Gália, Itália e Península Ibérica.
Suevos : invadiram e habitaram a Península Ibérica.
Vândalos : estabeleceram-se no norte da África e na Península Ibérica.
Ostrogodos : invadiram a região da atual Itália.



Economia, Arte, Política e Cultura dos Bárbaros Germânicos
A maioria destes povos organizavam-se em aldeias rurais, compostas por habitações rústicas feitas de barro e galhos de árvores.
Praticavam o cultivo de cereais como, por exemplo, o trigo, o feijão, a cevada e a ervilha.
Criavam gado para obter o couro, a carne e o leite.
Dedicavam-se também às guerras como forma de saquear riquezas e alimentos. 
Nos momentos de batalhas importantes, escolhiam um guerreiro valente e forte e faziam dele seu líder militar.
Praticavam uma religião politeísta, pois adoravam deuses representantes das forças da natureza.
Odin era a principal divindade e representava a força do vento e a guerra.
Para estes povos havia uma vida após a morte, onde os bravos guerreiros mortos em batalhas poderiam desfrutar de um paraíso.
A mistura da cultura germânica com a romana formou grande parte da cultura medieval, pois muitos hábitos e aspectos políticos, artísticos e econômicos permaneceram durante toda a Idade Média.

As origens do nome "BÁRBARO"
Bárbaro é um termo pejorativo para se referir a uma pessoa que não é ou foi civilizada, geralmente indicando um membro de uma determinada nação ou grupo étnico - geralmente uma sociedade tribal - vista por integrantes de uma civilização como inferiores, ou admirados como selvagens nobres.
O termo se origina na Antiguidade Clássica, com as civilizações grega e romana, porém a noção é encontrada em diversas outras civilizações fora da Europa.
A palavra "bárbaro" provem do grego antigo, βάρβαρος, e significa "não grego". 
Era como os gregos designavam os estrangeiros, as pessoas que não eram gregas e aqueles povos cuja língua materna não era a língua grega.
Principiou por ser uma alusão aos persas, cujo idioma cultural os gregos entendiam como "bar-bar-bar".
Os romanos também passaram a ser chamados de bárbaros pelos gregos.
Porém, foi no Império Romano que a expressão passou a ser usada com a conotação de "não-romano" ou "incivilizado".
O preconceito perante os povos que não compartilhavam os mesmos hábitos e costumes é natural dos habitantes dos grandes centros econômicos, sociais e culturais, e caracteriza-se pelo etnocentrismo.
Atualmente, a expressão "bárbaro" significa não civilizado, brutal ou cruel. 
Era um termo pejorativo que não condizia com a realidade pois, apesar de não compartilharem de alguns aspectos da cultura romana e não falarem o latim, tais povos tinham cultura e costumes próprios.
Cada um dos povos chamados "bárbaros" era bastante distinto e esta designação abrangia tanto os hunos, de origem oriental, como povos germânicos, como os godos, e celtas, como os gauleses.
Particularmente foram chamados de bárbaros os povos de origem germânica que, entre 409 e 711, nas migrações dos povos bárbaros, invadiram o Império Romano do Ocidente, causando sua queda em 476 d.C.
As invasões se deram em duas ondas principais. 
A primeira com penetração dos bárbaros e a assimilação cultural romana.
Os bárbaros tiveram uma certa "receptividade" a ponto de receber pequenas áreas de terra.
Com o passar do tempo, seus costumes foram mesclando-se com os costumes romanos.
Uma segunda leva foi mais vagarosa, não teve os mesmos benefícios dos ganhos de terra e teve seu contingente de pessoas aumentado devido à proximidade das terras ocupadas com as fronteiras internas do Império Romano.
Os chamados bárbaros também foram responsáveis por algumas mudanças físicas e culturais da própria Grécia, já que, ao haver algumas "invasões concedidas" pelo próprio comando da Grécia, alguns povos não-gregos foram à cidade e lá estabeleceram estadia e, de lá, promoveram construções importantes e contribuíram de forma nem tão importante assim com a cultura do local.
Os Bárbaros eram um povo nômade, porque não viviam sempre no mesmo sítio.

Crise e decadência do Império Romano
Por volta do século III, o império romano passava por uma enorme crise econômica e política.
A corrupção dentro do governo e os gastos com luxo retiraram recursos para o investimento no exército romano.
Com o fim das conquistas territoriais, diminuiu o número de escravos, provocando uma queda na produção agrícola.
Na mesma proporção, caia o pagamento de tributos originados das províncias.
Em crise e com o exército enfraquecido, as fronteiras ficavam desprotegidas. Muitos soldados, sem receber salário, deixavam suas obrigações militares.
Os povos germânicos, tratados como bárbaros pelos romanos, estavam forçando a penetração pelas fronteiras do norte do Império. 
No ano de 395, o imperador Teodósio resolve dividir o império em: Império Romano do Ocidente, com capital em Roma e Império Romano do Oriente (Império Bizantino),com capital em Constantinopla.
Em 476, chega ao fim o Império Romano do Ocidente, após a invasão de diversos povos bárbaros, entre eles, visigodos, vândalos, burgúndios, suevos, saxões, ostrogodos, hunos etc. 
Era o fim da Antiguidade e início de uma nova época chamada de Idade Média.

A Idade Média
-A chamada Idade Média ocorreu exclusivamente na Europa Ocidental e durou cerca de mil anos (do século V ao XV).
-Subdividi-se em: Alta Idade Média (Séc. V ao X) e Baixa Idade Média (Séc.XI ao XV).

As invasões bárbaras
Para os romanos, bárbaros eram os estrangeiros que não haviam sido romanizados, ou seja, não falavam o latim ou o grego.
 Principais grupos bárbaros segundo a origem ou língua:
- Tártaros-mongóis. Ex. turcos, hunos.
- Eslavos. Ex: russos, polacos, tchecos, sérvios etc.
- Germanos. Ex: francos, anglos, saxões, vândalos, visigodos, ostrogodos etc.

Características dos povos bárbaros
Economia: baseada na caça, na pesca, na agricultura rudimentar e nos saques de guerra.
Sociedade: tribal (tribos autônomas e independentes), leis baseadas na oralidade e nos costumes, as decisões eram tomadas em assembleias, o poder político era descentralizado, ausência de um Estado organizado.
Religião: Politeísta, culto aos ancestrais e as forças da natureza, cada tribo tinha crenças e costumes diferentes.
A medida que penetravam na Europa, os bárbaros fundaram diversos reinos como o Visigodo,  Ostrogodo, o Vândalo e o Franco.
A cultura bárbara foi pouco a pouco se misturando a romana, dando origem a novos idiomas e costumes.   

Organização dos reinos
A sua organização era muito simples, baseando-se em duas formas de governo:
-A primeira, em tempos de paz, era feita por meio de uma assembleia de guerreiros composta por homens da tribo com idade adulta. Apesar de não ter poderes legislativos, controlavam as questões de guerra e paz e de migração da tribo.
-A segunda, era dominante em tempos de guerra. Nesses momentos, a tribo passava a ser governada por comitatus, uma instituição que reunia um líder militar e seus guerreiros. O líder era eleito e chamado de Herzog, e tinha em suas mãos o controle de todos da tribo.

Os Hunos
Dentre os povos bárbaros, os hunos foram os mais violentos e ávidos por guerras e pilhagens.
Eram nômades ( não tinham habitação fixa e viviam a percorrer campos e florestas ) e excelentes criadores de cavalos. 
Como não construíam casas, viviam em suas carroças e também em barracas que armavam nos caminhos que percorriam. 
A principal fonte de renda dos hunos era a pratica do saque aos povos dominados.
Quando chegavam numa região, espalhavam o medo, pois eram extremamente violentos e cruéis com os inimigos. 
O principal líder deste povo foi Átila, o líder huno responsável por diversas conquistas em guerras e batalhas.

Um comentário:

  1. Achei mt bom e estou levando a minha professora pra ela ver oque acha.. ;)

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