Formação das Monarquias Nacionais
Burguesia (poder econômico) X Senhores Feudais (poder político)
Reis
(enfraquecidos) = CENTRALIZAÇÃO
POLÍTICA DAS MONARQUIAS NACIONAIS
Marcos
iniciais da idade
MODERNA
(séculos XIII e XV):
a) Crise
do Feudalismo
b) Ascensão da Burguesia Comercial
c) Centralização do poder nas mãos
do Rei
d) Reformas Culturais e Religiosas
Causas da formação dos
estados nacionais modernos:
2. As revoltas camponesas contra a exploração feudal.
3. O desenvolvimento do comércio urbano. A produção agrícola voltada para o mercado.
4. Enfraquecimento do poder local da nobreza feudal.
Crises do séc. XIV e XV
•FOME (
1315 – 1317)
- problemas climáticos
•PESTE (
1347 – 1350)
- péssimas
condições
de higiene
( 1/3 da Europa dizimada com a
PESTE)
•GUERRAS
- Guerras Camponesas
(Camponeses X Sr. Feudais)
< Jacqueries>
-Guerra
dos 100 Anos
•1453 – Queda de Constantinopla
(turcos otomanos)
•FIM DA IDADE MÉDIA
Características dos Estados
Nacionais Modernos
•Delimitação de fronteiras
•Moeda Única
•Unificação dos impostos
•Formação de um exército permanente e
nacional
•Concentração de poderes nas mãos dos reis
(Absolutismo
Monárquico)
•Manutenção dos privilégios da nobreza
•Formação de um corpo burocrático
•Unificação de pesos e medidas
•Imposição da justiça real
Formação das Monarquias Nacionais:
Absolutismo e Mercantilismo
•No final da Idade Média a economia auto-suficiente e o
poder descentralizado típicos do feudalismo foram gradualmente substituídos por
uma economia comercial e pelo poder centralizador dos soberanos, originando as
monarquias nacionais centralizadas, para atender aos interesses dos reis e da
burguesia em ascensão.
•Com as contradições da estrutura feudal,
que não era mais capaz de atender às necessidades dos europeus, houveram várias
revoltas camponesas, sendo necessária a centralização do poder para contê-las.
•Também a
favor da centralização estavam os burgueses, surgidos no final da Idade Média
com o desenvolvimento do comércio, e que eram prejudicados pelas leis do
sistema feudal.
•Os burgueses possuíam muito capital
acumulado, mas não tinham prestígio político para centralizar o poder.
•Sendo assim, aliaram-se aos reis, que
também estavam interessados em fortalecer seu poder, mas não podiam contar com
a nobreza para defender seus interesses, porque desta forma essa sairia
prejudicada.
•Com a mudança do sistema político foram
formuladas teorias renascentistas, que eram difundidas pela imprensa e que
justificavam a centralização do poder real, enfraquecendo a influência da
Igreja nos assuntos políticos.
•O renascimento cultural e a reforma
protestante, através das igrejas nacionais, fizeram com que a Igreja se
colocasse sob a autoridade dos reis.
•A Guerra dos Cem Anos foi uma disputa
entre Inglaterra e França pela região de Flandres, na pretensão do rei inglês
Eduardo III ao trono da França.
•A guerra enfraqueceu a nobreza
francesa, fortalecendo o poder real francês e, principalmente, desenvolveu um
sentimento nacional, lançando a ideia de
nação.
•Outro fator que enfraqueceu a nobreza
feudal, favorecendo o fortalecimento do poder real foi a Guerra das Duas Rosas.
•Essa foi uma guerra civil ocorrida no
século XV na Inglaterra, entre a Dinastia Lancaster (rosa vermelha),
representando os interesses da velha nobreza feudal e a Dinastia York (rosa
branca), representando a nova nobreza inglesa aliada à burguesia.
•Ao fim da guerra as duas dinastias
foram unidas com o casamento entre Henrique Tudor, descendente dos Lancaster, e
Elizabeth de York, o que deu início ao absolutismo inglês.
•No século XV, na maior parte do
território europeu, o poder político já não estava nas mãos dos senhores
feudais.
•A unificação linguística,
o
respeito para com o rei e a ideia de pertencer a um país, e não mais
a uma região, fortaleceram o sentimento nacionalista.
•O Estado nacional tinha poder absoluto,
que foi imposto através de três recursos: um corpo
de funcionários treinados obedientes ao rei, a criação
de uma capital e de um exército nacional fiel ao rei, que serviu para
consolidar o Estado moderno.
•O rei sustentava seu poder através do
direito romano e de alguns resquícios do sistema feudal, e governava de acordo
com sua religião, mas sem se subordinar à Igreja.
•As normas nas monarquias nacionais eram
rígidas e limitavam a liberdade dos indivíduos à vida cotidiana.
•A Idade Moderna lançou a ideia
do
lucro e da riqueza e abominava tudo que fosse contra isso; a liberdade era
garantida de acordo com a riqueza, todos deveriam saber o seu lugar e os mais
pobres e miseráveis eram excluídos da sociedade.
•Dessa forma, estava formada a monarquia
nacional ou estados modernos em toda a Europa, exceto nas atuais Alemanha e
Itália.
•Os nobres feudais tornaram-se
dependentes de favores reais e a burguesia dominante se enobreceu.
•O Estado absolutista, adotado na maior
parte dos países da Europa na idade moderna, foi o ápice do Estado moderno.
•Nele, o poder político estava
concentrado nas mãos dos reis e era legitimado através de Deus.
•Além disso, alguns pensadores
justificavam o Estado absolutista através de livros, como Maquiavel, com O
Príncipe, que dizia que os fins justificavam os meios, e Thomas Hobbes com O
Leviatã.
•A justificação de Hobbes para o poder
absoluto é estritamente racional e friamente utilitária, completamente livre de
qualquer tipo de religiosidade e sentimentalismo, negando implicitamente a
origem divina do poder
•O que Hobbes admite é a existência do
pacto social (contratualismo)
•O contrato seria implícito sendo que o
rei conduziria a sociedade com amplos poderes por ser o responsável manter o
Estado em progresso e a sociedade organizada.
Formação
das Monarquias Nacionais: Absolutismo e Mercantilismo
•Algumas
características feudais ainda eram mantidas nos Estados absolutistas, como por
exemplo, a nobreza era a camada dominante, sendo levada em consideração a
tradição do indivíduo.
•A servidão
e o pagamento de impostos ainda eram mantidos em algumas propriedades.
•As camadas
sociais estavam divididas com o clero na primeira ordem, a nobreza na segunda,
e a burguesia e as camadas populares na terceira, com o rei acima de todos.
Formação das Monarquias Nacionais:
Absolutismo e Mercantilismo
•No plano econômico o absolutismo marcou a
transição do feudalismo ao capitalismo.
•Já no plano político, marcou a
centralização do poder nas mãos dos reis, possibilitando o controle das massas
camponesas e adequando-se ao surgimento da burguesia.
•Para controlar os nobres o rei buscou o
apoio da burguesia, concedendo a essa monopólios comerciais.
•Todos submetiam-se ao Estado.
•Os nobres, para tentar manter seu
padrão de vida; e os burgueses, para garantirem o lucro através da expansão
marítima e da exploração de colônias.
•Na Baixa Idade Média, surgiram as
Corporações de Ofício, que regulamentavam a economia, definindo os preços, a
qualidade dos produtos e os salários pagos, já que a Igreja pregava que ninguém
deveria ganhar mais do que o necessário para sustentar sua família.
•À política de intervenção das cidades
medievais na economia, dá-se o nome de mercantilismo.
•O mercantilismo tinha como objetivo
básico o fortalecimento do Estado nacional e caracterizou a busca de poder e
riqueza pelo mesmo.
•Seus principais defensores foram os
comerciantes e os manufatureiros.
•Enquanto defendiam
o fortalecimento do Estado, seus interesses também eram defendidos.
•O mercantilismo era a aliança entre a
burguesia e os reis, a fim de unificar e desenvolver o poderio nacional, cada
qual com sua razão e interesse próprio.
•Apesar das variações de Estado para
Estado e de época para época, houve uma série de princípios comuns que
orientaram a política mercantilista.
•O metalismo
incentivava o acúmulo de ouro e prata, com o objetivo de facilitar a circulação
de mercadorias.
•Era fundamental para os países arranjar
novos mercados consumidores para poderem comprar a baixos custos e vender os
produtos a preços mais altos.
•Assim, uma balança de comércio favorável
era indispensável à política econômica mercantilista.
•Para conseguir isso, restringia-se a
importação de manufaturas, através do protecionismo.
•A única maneira de realizar grandes
empreendimentos era a formação de monopólios, onde os capitais eram unidos para
monopolizar um ramo da produção manufatureira.
•O monopólio pertencia ao Estado
absolutista, e era transferido aos burgueses em troca de pagamento.
•No intervencionismo estatal o Estado
intervinha na economia de acordo com os seus interesses, visando o
fortalecimento do poder nacional.
•O Pacto ou Sistema Colonial foi a
aplicação prática da formação de monopólios, que garantiam uma balança
comercial favorável.
•As metrópoles tinham exclusividade
sobre as colônias, que produziam matérias-primas e produtos agrícolas tropicais
vendidos a baixos custos e compravam produtos manufaturados das metrópoles a
elevados preços.
•Nos países europeus o mercantilismo era
adaptado de acordo com os recursos naturais disponíveis em cada um.
•No mercantilismo espanhol, no século
XVI não foram muito desenvolvidos o comércio e a manufatura, já que à Espanha o
ouro e a prata bastavam.
•Até mesmo suas colônias eram
abastecidas por manufaturas estrangeiras.
•O rápido esgotamento dos minérios
gerou a desvalorização da moeda, e consequentemente, uma
grande inflação, que prejudicou a classe mais pobre (assalariada) mas
beneficiou a burguesia de toda a Europa.
•O mercantilismo inglês era
fundamentalmente industrial e agrícola.
•A política econômica inglesa era
sempre bem planejada.
•O governo incentivava a produção
manufatureira, protegendo-a da concorrência estrangeira por meio de uma rígida
política alfandegária.
•Houve a formação de uma burguesia
industrial, que empregava o trabalho assalariado e era dona dos meios de
produção (máquinas, galpões, equipamentos).
•O absolutismo atingiu sua maior força na
França, onde o Estado intervinha na economia de forma autoritária.
•O desenvolvimento da marinha, das
companhias de comércio e das manufaturas mantinham a balança comercial
favorável.
•O mercantilismo francês atingiu seu
ápice com o rei Luís XIV.
•Era um país essencialmente agrícola,
com o preço de seus produtos mantidos baixos para que os trabalhadores pudessem
se alimentar e não reclamar dos baixos salários, o que era favorável para os
manufatureiros.
•Mesmo com o incentivo e intervenção
estatais, a França enfrentava uma forte concorrência com a Inglaterra e a
Holanda.
•O exemplar mercantilismo holandês atraiu
muitos estrangeiros, que abandonavam seus países devido às perseguições e com
seus capitais favoreceram o crescimento da Holanda, modelo de país capitalista
no começo do século XVII.
•Era dominada pelas grandes companhias
comerciais, tendo o poder central muito fraco, e desenvolvendo as manufaturas e
o comércio interno e externo.
•Além disso, o intervencionismo estatal
não existia neste país.
•Foram organizadas nesse país duas grandes
companhias monopolistas holandesas, com o objetivo de colonizar e explorar as
possessões espanholas na Ásia e luso-espanholas na América: a Companhia das
Índias Orientais (Ásia) e a Companhia das Índias Ocidentais (América).
•Através do
desenvolvimento das manufaturas e do poderio dessas companhias, durante o
século XVII a Holanda conseguiu acumular um grande capital.
Formação do Estado português
•Os reinos de Leão, Castela, Navarra e
Aragão juntaram forças para uma longa guerra que chegou ao fim somente no
século XV.
•Nesse processo, os reinos participantes
desta guerra buscaram o auxílio do nobre francês Henrique de Borgonha que, em
troca, recebeu terras do chamado condado Portucalense e casou-se com Dona
Teresa, filha ilegítima do rei de Leão.
•Após a morte de Henrique de Borgonha,
seu filho, Afonso Henriques, lutou pela autonomia política do condado.
•A partir desse momento, a primeira
dinastia monárquica se consolidou no Condado Portucalense dando continuidade ao
processo de expulsão dos muçulmanos.
•As terras conquistadas eram
diretamente controladas pela autoridade do rei, que não concedia a posse
hereditária dos feudos cedidos aos membros da nobreza.
•Paralelamente, a
classe burguesa se consolidou pela importante posição geográfica na circulação
de mercadorias entre o Mar Mediterrâneo e o Mar do Norte.
Revolução
de Avis
•No ano de 1383, o trono português
ficou sem herdeiros com a morte do rei Henrique I.
•o reino de Castela tentou reivindicar o
domínio das terras lusitanas com o apoio da rainha regente, Dona Leonor de
Telles
•Sentindo-se ameaçada, a burguesia
lusitana empreendeu uma resistência ao processo de anexação de Portugal
formando um exército próprio.
•Na batalha de Aljubarrota, os burgueses venceram os castelhanos e, assim, conduziram Dom João, mestre de Avis, ao trono português. •Essa luta marcou a ascensão de uma nova dinastia comprometida com os interesses da burguesia lusitana. •Com isso, o estado nacional português se fortaleceu com o franco desenvolvimento das atividades mercantis e a cobrança sistemática de impostos. Tal associação promoveu o pioneirismo português na expansão marítima que se deflagrou ao longo do século XV.
Sebastianismo
•União Ibérica 1580-1640
•Insucesso do rei d. Sebastião na batalha
de Alcácer Quibir no Marrocos, em 1578.
•Nascimento de D. Sebastião garantiria a
manutenção da soberania portuguesa, que enfrentava os anseios castelhanos de
retomada do território.
•Uma das consequências
da
perda da independência de Portugal foi uma crença messiânica baseada na
esperança, por parte dos lusos, da volta de d. Sebastião, esta crença ficou
conhecida como "sebastianismo".
Formação do Estado espanhol
•Invasão moura
- Califado
de Córdoba
•A região norte ficou sob controle dos
reinos cristãos de Leão, Castela, Navarra, Aragão e o Condado de Barcelona.
•Guerra da Reconquista (séc. XI ao XV)
•Em 1469, a presença muçulmana estava
restrita ao Reino Mouro de Granada
•Casamento de Isabel de Castela e Fernando
de Aragão (1469)
•Morte de D. Henrique (1474) •Criação de um exército permanente
•Conversão de judeus – Cristãos Novos - que representavam uma ameaça ao Estado em formação
•Reis Católicos - uniram-se a Igreja contra os mouros e os judeus apoiando a difusão da inquisição.
•A expulsão dos mouros do Reino de Granada ocorreu em 1492. O território é anexado e o Estado espanhol se consolida
Absolutismo Monárquico
•A principal característica do
Absolutismo é a máxima concentração de poderes nas mãos dos reis. Os Estados
em consolidação deveriam ser guiados por homens com amplos poderes, capazes de
manter o controle sob uma sociedade em transformação e promover o progresso.
Interesses das forças aliadas no
fortalecimento
do poder real
do poder real
2.Melhorar as estradas e a segurança pública
3.Uniformizar as moedas
4.Padronizar pesos e medidas
5. Criar leis e procedimentos jurídicos de âmbito nacional
6.Desenvolvimento do comércio
Meios para garantir o controle
político da monarquia
1 -
Burocracia administrativa
um corpo de funcionários que, cumprindo ordens do rei, desempenhavam as tarefas de administração pública.
um corpo de funcionários que, cumprindo ordens do rei, desempenhavam as tarefas de administração pública.
2 - Força
militar
forças armadas ( exército, marinha, polícia) permanentes, para assegurar a ordem pública e a autoridade do governo.
forças armadas ( exército, marinha, polícia) permanentes, para assegurar a ordem pública e a autoridade do governo.
3 - Leis
e justiça unificadas
Legislações nacionais e uma justiça pública atuante no território do
estado.
4 - Sistema
tributário
Sistema de tributos ( impostos, taxas etc.) Regulares e obrigatórios, para
sustentar as despesas do governo e patrocinar a administração pública.
5 - Idioma
nacional
Língua oficial do estado, que
transmitia as origens, as tradições e os costumes da nação e valorizava a
cultura de cada povo, para se criar o sentido de identificação entre os membros
da sociedade.
Processo
de fortalecimento do poder real
•Aliança do rei com a burguesia: troca de
interesses - dinheiro para montar exército profissional ( poder político e
militar do rei ) em troca de proteção e facilidades ( segurança nas estradas,
unificação de moeda...)
•Cobrança de impostos: impostos reais –
fim dos pedágios, criação de moeda única, funcionários reais.
Gostei muito !
ResponderExcluirGostei , só que é muito grande :p , mais valeu ! bem explicado.
ResponderExcluirmuito boa a explicação.
ResponderExcluirExplicou bem detalhado e ligando os acontecimentos, parabéns !
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