Feudalismo

Síntese dos Povos Bárbaros
 Povos fora das fronteiras (sem cultura greco-romana);
 Germânicos – principal grupo (suevos, lombardos, teutônicos, francos, godos, visigodos, ostrogodos, vândalos, burgúndios, anglos, saxões);
 Economia agropastoril;
 Ausência de comércio e moeda;


 Ausência de escrita;
 Inicialmente politeístas;
 Inicialmente sem propriedade privada;
 Poder político = casta de guerreiros;
 Direito consuetudinário (tradição);
 COMITATUS (laços de dependência entre guerreiros).



O poder político e jurídico dos bárbaros
Os reinos bárbaros não tinham instituições como as romanas, que incluíam Senado, Tribuno da Plebe e Leis Escritas.
As leis dos bárbaros baseavam-se em costumes e tradições transmitidas oralmente ao longo das gerações – Direito Consuetudinário.
Na falta de leis escritas, as relações entre reis e súditos eram baseadas em obrigações morais, como laço de fidelidade e honra.
No direito germânico, o acusado de algum delito deveria provar sua inocência por meio de disputas físicas, um duelo de espadas, por exemplo.



Características
O feudalismo tem início com as invasões germânicas (bárbaras), no século V, sobre o Império Romano do Ocidente (Europa).
As características gerais do feudalismo são: poder centralizado nas mãos dos senhores feudais, economia baseada na agricultura (feudos) e utilização do trabalho dos servos.
O Feudo na Idade Média
Os feudos na Idade Média eram inicialmente os primeiros refúgios dos nobres romanos que fugiam de ondas de ataque bárbaras.
Com o tempo, formou-se o que chamamos de Sistema feudal, onde havia um Senhor Feudal que seria "superior" ao seu vassalo, o servo (o qual representa a população que também fugiu das cidades em busca de segurança).
Isso se via em toda esta região da Europa.
Os bárbaros passaram a adotar costumes romanos, e acabaram por aderir a este tipo de Sistema.
O feudo caracterizava-se por ser uma extensão de terras de um nobre, que possuía uma moradia (talvez um castelo) que tinha em volta várias áreas de plantio, que eram cultivadas pelos servos.
Pelo contrato entre eles, o servo deveria trabalhar nas terras do Senhor Feudal, dando-lhe em troca parte da colheita, enquanto que o Senhor Feudal lhe permitia usar suas terras e lhe dava proteção quando ocorriam ataques ao feudo.
Isso tudo se manteve por muito tempo, pois a Igreja e o Rei tinham relações muito fortes: o Rei dava toda liberdade para o clero, enquanto que a Igreja dizia que "o rei é um enviado de Deus".
Como ela tinha muita liberdade, ela infiltrou-se em todo feudo, tornando-se um laço de união entre todos.
Segundo ela, tudo ocorria pela vontade Deus, o que influenciou muito para que houvesse a sociedade estamental (característica de uma sociedade em que não se muda de classe social), afirmando assim ainda mais o Sistema Feudal.
Tudo isso só começa a mudar com os primeiros indícios das Revoluções Burguesas.


Origem
Com a decadência e a destruição do Império Romano do Ocidente, por volta do século V d.C. (de 401 a 500), como consequência das inúmeras invasões dos povos bárbaros e das más políticas econômicas dos imperadores, várias regiões da Europa passaram a apresentar baixa densidade populacional e baixo desenvolvimento urbano.
Isso ocorria devido às mortes provocadas pelas guerras, às doenças e à insegurança existentes logo após o fim do Império Romano.
A partir do século V d.C., entra-se na chamada Idade Média, mas o sistema feudal (Feudalismo) somente passa a vigorar em alguns países da Europa Ocidental a partir do século IX d.C., aproximadamente.
O esfacelamento do Império Romano do Ocidente e as invasões bárbaras que estavam em diversas regiões da Europa favoreceram sensivelmente as mudanças econômicas e sociais que vão sendo introduzidas, principalmente na Europa Ocidental, e que alteram completamente o sistema de propriedade e de produção característicos da Antiguidade.
Essas mudanças acabam revelando um novo sistema econômico, político e social que veio a se chamar Feudalismo.
O Feudalismo não coincide com o início da Idade Média (século V d.C.), porque esse sistema começa a ser delineado alguns séculos antes do início dessa etapa histórica (mais precisamente, durante o início do século IV), consolidando-se definitivamente ao término do Império Carolíngio, no século IX d.C.
Em suma, com a decadência do Império Romano e as invasões bárbaras, os nobres romanos começaram a se afastar das cidades levando consigo camponeses (com medo de serem saqueados ou escravizados).
Já na Idade Média, com vários povos bárbaros dominando a Europa Medieval, foi impossível unirem-se entre si e entre os descendentes de nobres romanos, que eram donos de pequenos agrupamentos de terra.
E com as reformas culturais ocorridas nesse meio tempo, começou a surgir a ideia de uma nova economia: o feudalismo.
Sociedade

A sociedade feudal era composta por três estamentos (três grupos sociais com status fixo): o Lord, a nobreza, os camponeses e os Vassalos.
Apresentava pouca ascensão social e quase não existia mobilidade social (a Igreja foi uma forma de promoção, de mobilidade).
O clero tinha como função oficial rezar.
Na prática, exercia grande poder político sobre uma sociedade bastante religiosa, onde o conceito de separação entre a religião e a política era desconhecido.
Mantinham a ordem da sociedade evitando, por meio de persuasão e criação de justificativas religiosas, revoltas e contratações camponesas.
A nobreza (também chamados de senhores feudais) principal função guerrear, além de exercer considerável poder político sobre as demais classes.
O Rei lhes cedia terras e estes lhe juravam ajuda militar (relações de suserania e vassalagem).
Os servos da gleba constituíam a maior parte da população camponesa, eles eram presos à terra e sofriam intensa exploração, eram obrigados a prestarem serviços à nobreza e a pagar-lhes diversos tributos em troca da permissão de uso da terra e de proteção militar.
Embora geralmente se considere que a vida dos camponeses fosse miserável, a palavra "escravo" seria imprópria.
Para receberem direito à moradia nas terras de seus senhores, assim como entre nobres e reis, juravam-lhe fidelidade e trabalho.
Os Vassalos oferecem ao senhor, ou suserano, fidelidade e trabalho em troca de proteção e um lugar no sistema de produção.
As redes de vassalagem estendiam-se por várias regiões, sendo o rei o suserano mais poderoso.



Economia e prosperidade
A produção feudal própria do Ocidente europeu tinha por base a economia agrária, de escassa circulação monetária, auto-suficiente.
A propriedade feudal pertencia a uma camada privilegiada, composta pelos senhores feudais, altos dignitários da Igreja (o clero) e longínquos descendentes dos chefes tribais germânicos.
As estimativas de renda per capita da Europa feudal a colocam em um nível muito próximo ao mínimo de subsistência.
A principal unidade econômica de produção era o feudo, que se dividia em três partes distintas: a propriedade individual do senhor, chamada manso senhorial ou domínio, em cujo interior se erigia um castelo fortificado; o manso servil, que correspondia à porção de terras arrendadas aos camponeses e era dividido em lotes denominados tenências; e ainda o manso comunal, constituído por terras coletivas –-- pastos e bosques --- , usadas tanto pelo senhor quanto pelos servos.
Devido ao caráter expropriador do sistema feudal, o servo não se sentia estimulado a aumentar a produção com inovações tecnológicas, uma vez que tudo que produzia de excedente era tomado pelo senhor.
Por isso, o desenvolvimento técnico foi pequeno, limitando aumentos de produtividade.
A principal técnica adaptada foi a de rotação trienal de culturas, que evitava o esgotamento do solo, mantendo a fertilidade da terra.

Tributos e impostos da época - As principais obrigações dos servos consistiam em:
Corveia: trabalho compulsório nas terras do senhor em alguns dias da semana;
Talha: Parte da produção do servo deveria ser entregue ao nobre
Banalidade: tributo cobrado pelo uso de instrumentos ou bens do feudo, como o moinho, o forno, o celeiro, as pontes;
Capitação: imposto pago por cada membro da família (por cabeça);
Tostão de Pedro ou dízimo: 10% da produção do servo era pago à Igreja, utilizado para a manutenção da capela local;
Censo: tributo que os vilões (pessoas livres, vila) deviam pagar, em dinheiro, para a nobreza;
Taxa de Justiça: os servos e os vilões deviam pagar para serem julgados no tribunal do nobre;
Formariage: quando o nobre resolvia se casar, todo servo era obrigado a pagar uma taxa para ajudar no casamento, era também válida para quando um parente do nobre iria casar.
Mão Morta: Era o pagamento de uma taxa para permanecer no feudo da família servil, em caso do falecimento do pai da família.
Albermagem: Obrigação do servo em hospedar o senhor feudal.

Divisão do Feudo
Manso senhorial (domínio): uso exclusivo do senhor feudal.
Manso servil: arrendada aos servos e dividida em tenências.
Manso comunal: terras comuns (pastos, bosques, florestas)


Características Gerais
O feudalismo tem inicio com as invasões germânicas (bárbaras), no século V, sobre o Império Romano do Ocidente (Europa).
As características gerais do feudalismo são: poder descentralizado (nas mãos dos senhores feudais), economia baseada na agricultura e utilização do trabalho dos servos.
Estrutura Política do Feudalismo
Prevaleceram na Idade Média as relações de vassalagem e suserania.
O suserano era quem dava um lote de terra ao vassalo, sendo que este último deveria prestar fidelidade e ajuda ao seu suserano.
O vassalo oferece ao senhor, ou suserano, fidelidade e trabalho, em troca de proteção e um lugar no sistema de produção.
As redes de vassalagem se estendiam por várias regiões, sendo o rei o suserano mais poderoso.
Todos os poderes, jurídico, econômico e político concentravam-se nas mãos dos senhores feudais, donos de lotes de terras (feudos).
Sociedade feudal
A sociedade feudal era estática (com pouca mobilidade social) e hierarquizada.
A nobreza feudal (senhores feudais, cavaleiros, condes, duques, viscondes) era detentora de terras e arrecadava impostos dos camponeses.
O clero (membros da Igreja Católica) tinha um grande poder, pois era responsável pela proteção espiritual da sociedade. Era isento de impostos e arrecadava o dízimo.
A terceira camada da sociedade era formada pelos servos (camponeses) e pequenos artesãos.
Os servos deviam pagar várias taxas e tributos aos senhores feudais, tais como: corvéia (trabalho de 3 a 4 dias nas terras do senhor feudal), talha (metade da produção), banalidade (taxas pagas pela utilização do moinho e forno do senhor feudal).

Economia feudal
A economia feudal baseava-se principalmente na agricultura.
Existiam moedas na Idade Média, porém eram pouco utilizadas.
As trocas de produtos e mercadorias eram comuns na economia feudal.
O feudo era a base econômica deste período, pois quem tinha a terra possuía mais poder.
O artesanato também era praticado na Idade Média.
A produção era baixa, pois as técnicas de trabalho agrícola eram extremamente rudimentares.
O arado puxado por bois era muito utilizado na agricultura.

Religião
Na Idade Média, a Igreja Católica dominava o cenário religioso.
Detentora do poder espiritual, a Igreja influenciava o modo de pensar, a psicologia e as formas de comportamento na Idade Média.
A igreja também tinha grande poder econômico, pois possuía terras em grande quantidade e até mesmo servos trabalhando.
Os monges viviam em mosteiros e eram responsáveis pela proteção espiritual da sociedade.
Passavam grande parte do tempo rezando e copiando livros e a Bíblia.

As Guerras
A guerra no tempo do feudalismo era uma das principais formas de obter poder.
Os senhores feudais envolviam-se em guerras para aumentar suas terras e poder.
Os cavaleiros formavam a base dos exércitos medievais.
Corajosos, leais e equipados com escudos, elmos e espadas, representavam o que havia de mais nobre no período medieval.
O residência dos nobres eram castelos fortificados, projetados para serem residências e, ao mesmo tempo, sistema de proteção.

Educação, artes e cultura
A educação era para poucos, pois só os filhos dos nobres estudavam.
Marcada pela influência da Igreja, ensinava-se o latim, doutrinas religiosas e táticas de guerras.
Grande parte da população medieval era analfabeta e não tinha acesso aos livros.
A arte medieval também era fortemente marcada pela religiosidade da época.
As pinturas retratavam passagens da Bíblia e ensinamentos religiosos.
As pinturas medievais e os vitrais das igrejas eram formas de ensinar à população um pouco mais sobre a religião.
Podemos dizer que, em geral, a cultura e a arte medieval foram fortemente influenciadas pela religião.
Na arquitetura destacou-se a construção de castelos, igrejas e catedrais.

Arquitetura
Alta Idade Média:
ROMÂNICA – construção maciça, pesada, linhas simples, horizontalidade, poucas janelas (ideia de segurança e tranquilidade).


Baixa Idade Média:
GÓTICA – leveza, graciosidade, verticalidade, grandes janelas, vitrais, rosácea, luminosidade.


Causas da crise do feudalismo
A partir do século XII, ocorreram várias transformações na Europa que contribuíram para a crise do sistema feudal:
- O renascimento comercial impulsionado, principalmente, pelas Cruzadas;
- O aumento da circulação das moedas, principalmente nas cidades. Este fator desarticulou o sistema de trocas de mercadorias, característica principal do feudalismo;
- Desenvolvimento dos centros urbanos, provocando o êxodo rural (saída de pessoas da zona rural em direção às cidades). Muitos servos passaram a comprar sua liberdade ou fugir, atraídos por oportunidades de trabalho nos centros urbanos;
- As Cruzadas proporcionaram a volta do contato da Europa com o Oriente, quebrando o isolamento do sistema feudal;
- O surgimento da burguesia, nova classe social que dominava o comércio e que possuía alto poder econômico. Esta classe social foi, aos poucos, tirando o poder dos senhores feudais;
- Com o aumento dos impostos, proporcionados pelo desenvolvimento comercial, os reis passaram a contratar exércitos profissionais. Este fato desarticulou o sistema de vassalagem, típico do feudalismo;
- No final do século XV, o feudalismo encontrava-se desarticulado e enfraquecido. Os senhores feudais perderam poder econômico e político. Começava a surgir as bases de um novo sistema, o capitalismo.

3 comentários:

  1. Gibson Dantas, parabéns por sua iniciativa em criar uma página de História contendo textos completos de partes dessa disciplina. No mundo cibernético não é nada fácil encontrarmos páginas de História contendo textos com resumos muito bem escritos e baseadas em fontes confiáveis, mas parece-me (pelo menos à primeira vista) que sua página será uma exceção. Torço para que seja, pois tal como você sou um apaixonado por História.

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  2. tudo que preciso para meu trabalho

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